terça-feira, 30 de outubro de 2007

JMF meets Scwharzenegger (grafia incorrecta)

José Manuel Fernandes menciona no editorial de hoje a personagem de Arnold Schwarzenegger (vou ali ao google e já venho)

no filme A Verdade da Mentira. Empresta-lhe um bonito efeito (tal como Michael Madsen em Donnie Brasco). O texto que, até à fatídica linha, questiona o sistema de escutas em Portugal adquire uma dimensão onírica, surreal e, segundo alguns exegetas, estúpida (tal como toda a obra dos Irmãos Farrely). Diria que estamos perante um editorial vanguardista. A referência é aparentemente absurda mas, contextualizada, tem alguma coerência. É como se José Manuel Fernandes estivesse a imitar alguém que se apercebe estar sob escuta e resolvesse despistá-los com referências absurdas (Charlton Heston em Os Dez Mandamentos ou Victor Mature em Sansão e Dalila). É um novo caminho que se abre não apenas ao nível da redacção de editoriais mas sobretudo ao nível da literatura (penso em Shattered Glass ou His Girl Friday). Um estilo que irá influenciar toda uma geração e eu não quero perder o comboio (Brief Encounter de David Lean).

Crónica 5

Estive quase a escrever um post sobre o meu mais recente projecto cinematográfico cuja acção decorre na secção de higiene íntima ("toda a higiene é íntima", Céline) do Carrefour de Telheiras ("Carrefour de Telheiras"). O guião tem um toque lynchiano porque, num ápice, a acção desloca-se para o Lidl do Montijo, onde um gerente anão comanda uma equipa de romenos ilegais, berrando prussianamente do alto de uma caixa de cerveja. No entanto, e por uma questão ética e de preguiça, tive por bem reproduzir a minha última crónica para a Atlântico:
Façam filhos! Façam muitos filhos!

Nos dias de hoje, não percebo as razões que levam um casal a ter uma quantidade medieval de filhos. Será que planeiam invadir Espanha? Querem o estatuto de freguesia do interior? Acreditam mesmo que a nossa missão é povoar o mundo? E se acreditam, será que o exemplo do Seixal não os desencoraja? Confesso que, de acordo com os parâmetros das famílias numerosas, eu não passo de um mísero desperdiçador de esperma. Casado há quatro anos tenho um único filho. É por sujeitos como eu que o Ocidente está ameaçado pela pujança reprodutiva dos muçulmanos, dos asiáticos, dos africanos e de toda essa gente que encontra inspiração no poderoso afrodisíaco que é a mistura entre crenças religiosas e preocupações demográficas. Todos nós, em nome do Modelo Social Europeu, da sobrevivência da Segurança Social e dos valores judaico-cristãos deveríamos procriar ferozmente. Toda aquela conversa que ouvíamos sobre explosão demográfica é para esquecer. O mundo aguenta com mais uns portugueses em cima. Entre discussões e pedidos de empréstimo por telefone teremos de encontrar tempo para salvar o planeta. Não há nada de primitivo nesta missão. É um projecto racional. Contra o malthusianismo, contra o modelo burguês de família pós-pílula, por uma família de proporções bíblicas, por uma família que seja mais do que uma família, por uma família que seja um clã. Contras? Está socialmente provado que dois filhos são perfeitamente capazes de arranjar problemas com as partilhas. Até um pode ser suficiente, desde que seja esquizofrénico. Para quê fazer mais? Ainda pior: ter muitos filhos começa a ser uma espécie de novo novo-riquismo social. Em vez de casacos de peles e carros amarelos, muitos filhos e com muitos nomes e ainda mais apelidos. Dois filhos, o casalinho, é o pesadelo suburbano que qualquer pessoa de bem quer evitar. Por isso temo bem que estes não sejam os melhores tempos para os esbanjadores de sémen, descendentes (?) de Onan. Chegará o dia em que o governo do Engenheiro Sócrates deportará os casais com dois filhos para a Arrentela. Comboios do Metro Sul do Tejo a abarrotar (finalmente) de funcionários públicos agarrados às suas Tatianas Carinas e aos seus Brunos Renatos. Acreditem que nenhum interesse obscuro me move contra as famílias numerosas. Acontece que sofro de uma reacção alérgica à própria expressão. Eu tolero famílias numerosas desde que os seus membros estejam harmoniosamente distribuídos pelo continente, ilhas e comunidades emigrantes. Mas em regime de coabitação, “família numerosa“ lembra-me “Feios, Porcos e Maus”, ajustes de contas entre mafiosos, dezenas de indivíduos de etnia cigana à porta das urgências do Santa Maria, ou seja, promiscuidade, crime e agressões a auxiliares médicos. Ah, que se lixe o Modelo Social Europeu!
(crónica publicada na Revista Atlântico nº tal e gentilmente editada pelo autor para o blog Pop Arte Bar by Bruno Vieira Amaral)

sábado, 27 de outubro de 2007

Noite das Bruxas - 31 de Outubro

Uma noite de Horrores.....
Aparece e....

Oferecemos-te a 2ª Poção....

Preto de Qualidade III

Miles

Preto de Qualidade II



Didier

Preto de Qualidade



Denzel

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Não se esqueçam...

...que amanhã e no Domingo temos livros pá troca no Pop Arte Bar. A wikipedia informa que há mais de dez anos que ninguém lê um livro na Margem Sul e que a última pessoa que tentou fazê-lo foi imediata e consecutivamente fulminada por um raio, atropelada por um autocarro dos TST conduzido por um ucraniano, tendo por último recebido um envelope das Finanças dentro do qual algum funcionário menos zeloso colocou um boletim do Euromilhões e um bilhete com a seguinte frase: "heide (sic) matar-te, puta!".

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Alexandre Abramovich Valente


O DN noticia que o filme Corrupção vai estrear sem realizador. Não é uma má notícia. A maior parte dos filmes portugueses sofre de um incurável "excesso de realizador". O que nós vemos é sempre o director's cut, que é aquela coisa que no resto do mundo sai em dvd com vinte minutos de cenas sensatamente cortadas. O produtor do filme, Alexandre Valente, não gostou da versão do realizador e resolveu alterá-la. Segundo consta, o filme de João Botelho tinha mamas a menos e Bach a mais. Tem razão o Valente. Um filme sobre Carolina Salgado sem sexo seria tão estranho como um filme pornográfico com diálogos de David Mamet. Há mais: para os realizadores portugueses o produtor é uma espécie de intermediário entre subsídios estatais e o génio do artista. Um mecenas com dinheiro alheio. Alexandre Valente, com pouca vocação para filantropo, preocupa-se com a "eficácia comercial". Não quer perder dinheiro, o capitalista. Resta-me uma pergunta: como é que alguém preocupado com a eficácia comercial de um filme contrata o João Botelho?

Sobre o trabalho de Pedro Santos

É uma obra carregada de perplexidades sobre a condição humana e outras merdas assim. Alguns críticos inserem-na em correntes pós-modernas, outros associam-na a artistas como Cindy Sherman ou Arlinda Mestre. A verdade é que poucos artistas se atreveriam a expor num local em que a caipirinha está a três euros e cinquenta cêntimos e onde o café quase sempre sai queimado.

Choque tecnológico

É bom saber que há adolescentes interessados naquilo que a escola tem para oferecer. Aqui.

Fotografias de Pedro Santos


O pop arte bar vai acolher (e acariciar subrepticiamente) uma pequena amostra do trabalho do fotógrafo Pedro Santos. Se não sabem quem é, venham até Alcochete e descubram (eu já lhe pedi uma biografia, prometi fazer um link mas ele é um artista e está a fazer tudo para se comportar como tal). A exposição será inaugurada um destes dias e estará patente durante algum tempo. Estão todos convidados à excepção de trotskistas com mais de duas parafilias. O porteiro também não gosta muito de investigadores em biotecnologia.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A vida como ela é...

Nelson Rodrigues era um depravado e uma má influência. Os seus livros têm tanto adultério que quase empurram um homem para o celibato.

Spam: Sábado e Domingo este é um dos livros que levo para a troca.

This is a blog, Lourenço

Por muito que lhe queiram chamar "coisa", isto é um blogue. O próximo post será um poema de John Ashbery; depois tenho alinhavada uma reclamação dirigida à Netcabo; finalmente louvarei James Watson, a liberdade de expressão e explicarei às criancinhas porque é que os pretos são tão maus no xadrez e na natação enquanto dominam o meio-fundo, o jazz, a construção civil e os roubos de caixas multibanco.

Sim, este blogue é para promover um bar. Nada de indignações. O meu talento já serviu causas piores. Destaco a minha licenciatura em História Moderna e Contemporânea, na variante de Gestão e Animação de Bens Culturais, e uma tentativa de impeachment de uma professora de Técnicas de Tradução de Inglês. Também ganhei um concurso de poesia na Escola Secundária. Ofereceram-me um dossier. Eu sei que nenhum homem a sério escolhe a variante de Gestão e Animação de Bens Culturais. Nenhum homem a sério tem aulas de TTI. Nenhum homem a sério ganha concursos de poesia aos 14 anos. Nenhum homem a sério aceita um dossier como prémio de seja lá o que for. Falem-me agora de promover um bar!

domingo, 21 de outubro de 2007

Futuros Clientes

Desde que comecei a escrever na Atlântico (obrigado, Henry Fox) recebi algumas mensagens simpáticas de outros bloguistas (bloguiadores?). Estão ali ao lado na lista de futuros clientes. Estão ali outros que não cumprem o requisito mas que eu gosto de ler. Sem ressentimentos. Venham a Alcochete para acertarmos contas.

sábado, 20 de outubro de 2007

Traz Mais Cinco!

No próximo fim-de-semana (27 e 28 de Outubro) vamos dar início a uma experiência única. A ideia é simples: cada participante traz cinco livros para trocar com os outros participantes. O número de trocas é ilimitado e o objectivo é comparar as listas iniciais com as listas finais. Alguém quer trocar um Roth por um Saramago?
É uma iniciativa a que qualquer pessoa pode aderir. Envia já a tua lista para o e-mail: popartebar@gmail.com. Dias 27 e 28 a partir das 18 horas no Pop Arte Bar (Rua Comendador Estêvão de Oliveira, nº 6, Alcochete - junto ao restaurante O Alcochetano).
Traz mais cinco! - Uma experiência única num espaço diferente.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

DOMINGO - Prepara -te para mais uma semana...


Vem Provar as
Especialidades de Café POP

e Relaxa....

Sábado 13 de Outubro - Uma noite diferente...

Este Sábado no POP.... os nossos artistas...

com o melhor da Música

POPular Portuguesa

sábado, 6 de outubro de 2007

SÁBADO 6 DE OUT - FESTA DO MOSCATEL

Muito, Muito Bom!!