terça-feira, 30 de outubro de 2007

JMF meets Scwharzenegger (grafia incorrecta)

José Manuel Fernandes menciona no editorial de hoje a personagem de Arnold Schwarzenegger (vou ali ao google e já venho)

no filme A Verdade da Mentira. Empresta-lhe um bonito efeito (tal como Michael Madsen em Donnie Brasco). O texto que, até à fatídica linha, questiona o sistema de escutas em Portugal adquire uma dimensão onírica, surreal e, segundo alguns exegetas, estúpida (tal como toda a obra dos Irmãos Farrely). Diria que estamos perante um editorial vanguardista. A referência é aparentemente absurda mas, contextualizada, tem alguma coerência. É como se José Manuel Fernandes estivesse a imitar alguém que se apercebe estar sob escuta e resolvesse despistá-los com referências absurdas (Charlton Heston em Os Dez Mandamentos ou Victor Mature em Sansão e Dalila). É um novo caminho que se abre não apenas ao nível da redacção de editoriais mas sobretudo ao nível da literatura (penso em Shattered Glass ou His Girl Friday). Um estilo que irá influenciar toda uma geração e eu não quero perder o comboio (Brief Encounter de David Lean).